quinta-feira, dezembro 28, 2006

Somewhere only we know...

La viLLe ECLéTIQuE

Souvent, quand nous pensons visiter une grande ville c’est à cause de sa renomée planetaire. Mais, à Paris, existe quelque chose de different, qui nous absorbe et nous met en extase. Dès l’arrivée à l’aéroport Charles de Gaule, dont les lignes rappelent les avions, nous sentons les pieds se soulever du sol encore. Mais, voilà Paris… La ville écletique! Qui nous surprend à chaque étape, à chaque coin. Qui nous élève. Qui nous fait toucher le ciel avec sa magnitude, qui coexiste avec sa simplicité. Mais porquoi Paris est-elle une ville eclétique? Le monde se reunit ici. Une bénédiction Universelle d’harmonie. Le monde des Hommes, le monde des choses et voire le monde de la Nature. Pendant une première journée, la magnificience de la Tour Eiffel et de la Défense s’expriment. Une autre journée, l’esprit naïf de l’Île de la Cité, témoigné par les bateaux qui naviguent doucement sous le ponts de la Seine. Une autre fois, à la bohémienne Montmartre une vue ravissante à partir du mystique Sacré Coeur et puis encore après avoir travessé la moitié de la ville, nous trouvons un autre aperçu qui nous fait sentir tous petits devant les ‘Grands Hommes’ qui ‘La Patrie Reconnait’, c’est le symétrique et rationnel Panthéon. Un matin, nous promènons dans l’amplitude des Champs Elisées ou des Grands Boulevards Parisiens; l’après midi, un retard intimiste dans le Quartier Latin ou le Marais. La promenade romantique sur la Seine suivie par la montée au militarisme de l’Arc du Triomphe. La Mosquée et l’Église. Le musicien sans terre qui fait de la musique devant la Parisienne chic qui promène son Lou Lou. Le baroque Hôtle de Ville qui salut le modèrne Fórum des Halles et le classique Louvre qui est voisin du contemporain Pompidou. La transcendance de Notre Dame, qui nous donne dês ailes, est gardée par la Concièrgerie, qui nous plie au sol. Les cloches de l’Église Médiévale qui nous reveille le matin et la vie nocturne de Pigalle, de la Bastille ou de Saint Michel quis nous enleve le sommeil de la nuit. Du doré de l’Opéra au Rouge du Moulin… Et ça, et ça. Et ça…. Oh, la, la! Quatre vingts mots son infimes pour énumerer le bleu et le vert qui se croisent coin ou le blanc, le noir et le jaune qui ne se choquent pas dans la bougeotte du metro.

domingo, dezembro 10, 2006

AMORTECEDORES EXISTENCIAIS GRATUITOS - TAXA DE JURO À ESCOLHA DO FREGUÊS

1:40 da manhã. 10 de Dezembro de 2006. Olho para o relógio para confirmar… Engraçada a coincidência de ser a mesma hora na qual a minha mãe teve a primeira das dores mais felizes que uma mulher pode ter, dizem elas. Acredito. Apercebo-me também que faz hoje 25 anos e 4 dias a minha concepção genética. Apercebo-me uma vez mais que é quando chega a hora de dormir que normalmente sou assaltado por pensamentos que me tiram o sono, que é afinal, por vezes, uma desculpa para parar de estudar. Vendo as coisas de uma forma simplista, temos três tipos de neurónios: sensitivos, motores e pensadores. Ora, quando nos deitamos, os dois primeiros são os que mais rapidamente hibernam, salvo se houver desajustamento de luz, som, temperatura, alguma sensação táctil da cama menos confortável ou dor física ou moral (= a tristeza, componente da depressão, segundo os psiquiatras). (Corrijo: não quando nos deitamos, mas quando queremos dormir, porque o deitar… Vocês sabem, minhas malandras e safados… Pode ter muitos objectivos ;) Portanto, os centros de controlo de informação ficam praticamente apenas sujeitos à ligação que detêm com os neurónios pensantes. Daí recorrentemente ‘a almofada ser a melhor conselheira’? ou o ‘dormir de consciência tranquila’? Atente-se aos substantivos e não aos adjectivos, porque a intenção é enfatizar o momento irónico do acordar da mente para o seu interior, não tanto o eufemismo que se tenta imprimir-lhe. É frequentemente nesses momentos que sentimos a insónia do dia e dos anos, porque o deitar é como o cair no vazio, no qual o tempo é DIFICILMENTE DISTRAÍDO com a pop star que pintou o cabelo (99,999% da população mundial é careca, querem ver?, ‘prontes’, ok… eu sei! para me sentir bem, tenho que ser aceite pelo semelhante, o que implica aderir às modas, ser camaleão, certo?), a vizinha libidinosa que i-i-i-i-i-i-i (é das poucas que não é assexuada, a sortuda?) - ‘Amiga, já compravas os amortecedores para a cama, não? Bah! Depois, lá se vai o meu entretimento frustrado nocturno e a cusquice matinal no café’-, a discussão de 20 minutos (vejam bem que até estava com pressa) com a senhora das finanças que se arrasta nas burocracias, o acidente que faz parar o transito e o passeio, o padre que olha a perna da paroquiana ou o enchimento das calças do acólito (felizardos do mentor e menor espirituais que não são capados e do primeiro que gosta de peixe e de carne) enquanto as beatas procuram a que entre elas se vestiu pior para a seguir fazer a tertúlia da missa no café ao lado da igreja, o silêncio dos passageiros que ensurdece no seio do barulho do motor do autocarro (excepto nas visitas de estudo da escola, ainda que o autocarro seja de 1900 e troca o passo), o funeral ponto de encontro social, a boazona que passa na rua e que temos vergonha de abordar, o almoço, o lanche e o jantar e o jantar e o lanche e o almoço, o chato do professor e do chefe, a inflação, o político de Esquerda que defende a liberdade de pensamento, mas que ostractisa o de Direita, que por sua vez como bom proclamador dos valores católicos, faz festinhas nos meninos do parque… E isso, e isto, e aquilo… E porquê? ‘Não, não! Ele também disse! Ele também fez!’ Afinal, pensar e fazer mais do que dar trabalho é muitas vezes como tocar na ferida [mas qual dos males o menor? Tocar na ferida ou infectá-la e entrar em septicemia (infecção generalizada por via sanguínea)?]. Então, protela-se, delega-se, não raramente, a nossa vida no outro, na corrente, na ilusão de que nos desresponsabilizamos, triunfando assim numa leveza existencial relativa. Puro MEDO de nos sentirmos RESPONSÁVEIS, NÓS PRÓPRIOS, pelas nossas ideias e actos. Pura ilusão: mais cedo ou mais tarde, bate a CULPA DA VERGONHA E DA FALTA DE CORAGEM de sermos AUTÊNTICOS, de sermos felizes (bem, a não ser que prefiramos o masoquismo). Ou seja, a septicemia. Tudo porque arranjou-se sempre uma desculpa para tocar na ferida e tentar curá-la. Vai-se tratando os sintomas (quando se trata) e não a causa. Medicamento sintomático: distracções dos neurónios sensitivos (não tanto dos motores, porque estes são a grande expressão dos pensadores, além das acções quotidianas quase automáticas… time entretainers, lá está). Meros amortecedores existenciais! Bem sei que se te meteres com a boazona na rua, podes passar uma… Vergonha? De ter hormonas e desejo sexual? A não ser que não gostes de sexo… Ou que tenhas medo de levar um não. Ah, se calhar é melhor ir bater p*nh*tas para casa e pensar na loira em vez de lhe tocar. Ou a rapariga que todos os dias te serve um café e te enche a alma. Que desonra… Gostar de alguém! Numa aula, calas-te diante um professor com medo de errar? Se for bom professor, quem tem de ter medo de errar é ele. Tu é que estás lá para aprender com… Ele! A não ser que só te interesse a nota, ou seja, a forma e não a essência (bem podes ter a média no papel para uma empresa, mas se não a tiveres na prática e no carisma de te adaptares mas também de surpreenderes, bem te podes congratular de engraxar sapatos a professores e chefes… Parabéns! O part time como engraxador, as horas de marranço e o certificado de notas servem de papel higiénico!). Bem sei que bateres na mesa do chefe te pode despedir (depende do chefe). Deve ser melhor, daqui a uns anos, olhares para trás e aperceberes-te que perdeste o teu tempo a lamber botas e a sobreviver com trocos em vez de teres tentado descobrir um caminho melhor. É esse o exemplo que queres dar aos teu filhos? Acredita que eles tomarão mais como modelo as entrelinhas dos teus actos do que o esforço falado do teu discurso. E os trocos dificilmente alguém te tira, a não ser que tenhas medo de trabalhar. Queixas-te do governo e do andar das coisas? E que tal sentires-te como parte activa e responsável de um todo que é a sociedade? Estás apaixonado pelo teu colega de trabalho? Deixa lá… A tua mulher fica mais contente quando chegas a casa com odor duplo de Homem! Bem… Já os maridos e o odor duplo de mulher… lol Não defendo a mania constante de chocar, demonstrando ser ‘pseudo-diferente’… Mas ninguém é gratuito e todos acabam por pagar as suas facturas, com mais ou menos juros…

PS – Resumindo e baralhando, o tempo é o que mais de valioso temos, tão valioso que temos medo dele… Um copo com pedras… Está cheio? E se tentares pôr grãos de areia? Pleno? Que tal adicionar água?
PS 2 - Gnr - Efectivamente
Adoro o campo as arvores e as flores
Jarros e perpétuosamores
Que fiquem perto da esplanada de um bar
Pássaros estúpidos a esvoaçar
Adoro as pulgas dos cães
Todos os bichos do mato
O riso das crianças dos outros
Cágados de pernas para o ar
Efectivamente escuto asconversas
Importantes ou ambíguas
Aparentemente semmoralizar
Adoro as pêgas e os padrastos que passam
Finjo nem reparar
Na atitude tão clara e tão óbvia
De quem anda a engan(t)ar
Adoro esses ratos de esgoto
Que disfarçam ao pilar
Como se fossem mafiososconvictos
Habituados a controlar
Efectivamentegosto de aparência
Imponente ou inequívoca
Aparentemente sem moralizar
Efectivamente gosto deaparência
Aparentemente sem moralizar
Aparentementeescuto as conversas
Efectivamente sem moralizar
Efectivamente….sem moralizar
Aparentemente…semmoralizar
Efectivamente

quinta-feira, dezembro 07, 2006





sábado, dezembro 02, 2006


MARIE JANINE – C’est drôle, je rigole

Capítulo II

Vintes de Outubro. Quase. Segunda-feira. Se a memória não me falha. Uma mão de dias após o ‘bref rencontre’. São umas 13 horas. Estou junto a uma janela. Uma Francesa. À direita. Está diante do secretariado do grand maître. Acho. Sentada. Curiosa. Descarada. Não muito. Não sei para quê. Nem porquê. Sétimo andar do Gaston Codier. Após uma manhã de estágio. Na Ortopedia do Prof. Yves Cantonné. Com a Louise Bertoux. Não muito simpática. Para já. (Chérie, os Tugas não mordem! Logo.) Admiro a paisagem Parisiense. Em especial a bela cúpula central da Pitié Salpêtrière. Procuro o Sacré Coeur. Sem sucesso. Algumas nuvens. Ainda não faz muito frio na rua. Sinto um leve êxtase. Contraste com algum frio de barriga. Próprio de quem ainda se adapta. Mas se sente… Muito leve. Feliz! Pim… O elevador chegou… Ooops! Segundo pim! Espera! É diferente… E não é prrrrriiiiiiiimmmm…. Algo que vibra no bolso. E faz um leve rrrrrrrrr. Em frente do secretariado do grand maître. Ah, és tu! Nem sempre me lembro de ti. ‘Mon chien, le portable’. Porra! Bem lhe mostro o tuli creme. Mas não obedece. Quem sabe os 69G? Volta, Sade. Estás perdoada! Ele só se me segue. À força? Talvez. Cá, ‘les chiens qui suivent les médecins’. lol Acho que seja apenas uma piada. Afinal, somos os externos que permanecem e se integram no serviço durante três meses. Escrevem nos diários clínicos. Fazem bancos de 24 horas. Participam nas operações. Não são meros estudantes de Medicina. Alvos de invejas de alguns enfermeiros e outros profissionais de saúde. Empatas de médicos. Se não for piada, experimentem, Vossas Excelências Les Frrrancius, segurar algumas paredes de alguns estágios Tugas. Volto para junto daquela montra Parisiense. ‘- Ouai? Allô?’ ‘-Oui, allô! C’est Marie Janine!’ (ah, mana, sempre te lembraste). Pim três. Sorriso de gato que engoliu o canário. Como quem diz: de orelha a orelha. Bem. Não tanto. Mas quase. Sorriso tímido. Diga-se. Por que telefonará uma Jurássica Frrrraaaanciu a um Gatinho Tuga? Bem. Não há-de ser nada. (Deixa-te de ter esses rasgos inicias de timidez, meu! Tens de integrar e conhecer os frrrrancius. A velhota até pareceu bem simpática. Nunca ouviste dizer que primeiro estranha-se e depois entranha-se? E para confiar desconfia-se. Ya, pá… É só o interruptor. Adoro a luz). Voz característica do outro lado (não sei como descrever, só imitar; para quem quiser ouvir são 10 euros cada imitação… isto se quiserem ajudar aqui o vosso amiguinho e evitar que ele vá dar o bum bum para Pigalle lol): ‘Deixei o bloco aberto para não perder o seu número.’ ‘- Eheh’, recidiva de riso tímido Tuga. Retorque a voz: ‘-Então, telefono-lhe para que venha ver as minhas gravuras como combinámos. Interessa-lhe?’. ‘-Biensûr’. ‘- Mas antes gostaria que viesse ao meu apartamento a Montparnasse para apreciar a vista sobre toda Paris’. Bochechas vermelhas (Sim, Bolchevique, Leninista, Trotskiano, Lobisomem Estalinista de pseudo-tias fanhosas da linha. Só as vestidas de ‘encarnado’. O que é teu é meu, mas o que é meu não é teu. F*d*-te! lol). Será do aquecimento do Hospital? A Frrranciu da direita fica mais descarada. Espeta o olhar. (Ooooops! Acho que ela está negativamente espantada com o meu linguajar Frrrrrrrranciu. Ou será das bochechas? Se calhar fui assaltado pelo ar de Comuna. Bem, o melhor é enfiar-me no canto junto da janela, atrás das plantas. A vista relaxa. Estou mais protegido de qualquer outro olhar Frrrranciu curioso que passe. Fico mais à vontade para falar com a doce velhota, sacadora de ‘carnets’). ‘- Então, quando pode?’ (Bem, esta semana, ainda não tenho muitas aulas à tarde). ‘-Hummm… Amanhã à tarde é bom para si?’ ‘-Hummm… Sim, por volta das 14?’ ‘-Ouai, c’est bien pour moi’. (Tiro o bloco e a caneta para apontar. Antecipo-me ao próximo passo: a morada). ‘- Boulevard de Montparnasse’. ‘-Ouai…’ ‘- Vindo da sua casa, apanha a Boulevard de Port Royal, junto de Gobelins. E é o número 169’. (Que o número não seja mau presságio. Eheheh) ‘- O código para entrar é o… (bem, até tenho direito ao código… Lobisomem Estalinista, mas chique, ahn? ;) E depois sobe até ao oitavo andar’. (Oitavo? Bem, já imagino a vista :) Repito tudo. Com medo de que o Frrrrranciu me tenha falhado. ‘-Oui, c’est ça’. ‘-D’accord’. ‘- À demain’. ‘- À demain, à 14 heures’. (Bem, onde te vais meter? Velhota sabichona e marota? Faminta de chicha tenra? Naaaaa… Não tinha ar de quem faça esquemas de amarrar cândidos e inocentes meninos à parede. Vai ser fixe! :)