sábado, março 29, 2008


Há uns anos, dez... Tinha quinze e qualquer coisa, expirava eu assim:

Nostalgia do Futuro

Por que será que o arrependimento apenas bate
depois de tudo o que era já não ser,
depois do primeiro a chegar já ter ido?
Ao fim de cada pegada perpetuamente marcada?
Durante toda esta balada que nos envolve
e que por um sol, por uma lua e por cada estrela,
que já não é, ficamos irrequietamente quietos,
Insorridentes e sujeitos ao sonho desesperado?

Ai se tudo fosse como eu sonharia...
Por cada pedrinha e por cada sorriso lançado ao acaso,
tudo faria renascer e florescer,
mas não do modo como para aí ditam!
E todo este culminar de maldições e contradições,
medroso fugiria. E o que restaria?
Essa fuga constante do passado e de cada erguer!

Ai quem me dera...
Recuperar tudo o que deixei e por menos desejei,
Ai quem me dera...
Extinguir esta sensação de perda e vazio
e, por fim, atingir essa autêntica busca do ser eu meu
e esquecer este ponto sem retorno e, embalado no sonho,
saborear cada momento como sendo o derradeiro.

Ó destino, meu caro, repara na razia em que insistes!
Não! Já sei! Tira-me tudo o que queiras e não queiras:
A memória, as recordações e até a saudade do amanhã!
Tira-me tudo o que tenho e não tenho!
Nada de mais me vale, afinal, tudo fugiu, tudo se escapou,
e, porque além de tudo e de todos, prefiro cair no imemorável
a continuar nesta agreste tristeza e desesperante realidade.

E por fim, nada resta! Tudo cresce, tudo se multiplica.
E o que sobra? É esse mar negro infinito de dor e vividos.
E quando finalmente te busquei, o que encontrei?
Tudo menos nada!
E agora, chamem-me louco, chamem-me tudo!
Alto! Tudo menos tonto ou tapado!
E mais! Aquilo que sou é apenas aquilo que sinto e sucinto!

quinta-feira, março 20, 2008

Ando mais numa de expirar, expirar, expirar para esvaziar o volume residual, mas jamais o vital, e quem sabe criar algo de novo a partir do ínfimo, de forma espontânea e genuína como o rio que corre no seu leito até ao Oceano (sim, também pode ser mar) ... Aqui ou acolá, hoje ou amanhã, mas num fôlego capaz de parir um sopro derrubador das cartas (des)alinhadas (és tu que as dispões sobre a mesa) do tempo.

Até já, inspiração!

quarta-feira, março 12, 2008

Eu sei...

...que já data de 2005. Mas quando a publicidade é boa, nunca é tarde para um bom momento de !

[Também publicado no Devaneios Desintéricos bem como no subsidiário Devaneios LGBT.]