sábado, setembro 21, 2013

Prefiro amar-te medroso a deixar-te por medos
A desistir que seja por razões em vez de receios
Mas amar-te sem razões
Trazendo-te em mim
Levando-me tu em ti
Somos dois
Um e o todo
Condensamo-nos aqui
E evaporamo-nos além
Parando o tempo...
E intersectando todo o espaço
Em êxtase simbiótico
De amor acima dos limites
Que simplesmente surge
Amor por amor
Livre de artefactos
Solto no fluir de acontecer
Na sustentável leveza do ser
Amor mais ausente de explicações do que presente delas
O caminho?
Faz-se caminhando
Os medos?
São o sal dissolvendo-se na existência
E as razões trampolins mais invisíveis do que visíveis
Na transcendência orgânica
Vida em cor de rosa que desce do infinito
Que somos
Eu, tu, nós
Do começo ao fim
Porque não somos de ontem
Nem de hoje ou amanhã
Somos sem razões e com cada vez menos medos
A cada subtracção
Mais um degrau somado
Na direcção do amor maior de todos
Multiplicando-nos sempre
A cada passo no que somos e queremos ser
Fazendo História em vez de estórias
Mas... Se me deixares ir por medos
Bato o pé
Porque o amor é o escudo e arma contra eles
Metamorfoseando-os
Ainda que os abranja
Porque o amor
O maior de todos
(no fundo, um pleonasmo)
É Tudo!

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