sexta-feira, março 30, 2007

TARDES EM ITAPOÃ

Doce balanço
Bossa Nova no ar
Leve brisa que roça
Onda sem pressa
Espuma fecundadora
Ao fundo galga a silhueta
Apaga trilhos de areia
Sem reboliço dança
Sol sonolento desperta
O céu manto lunar
Azul calmo
Laranja exaltante
Vermelho apaixonante
Rosa desinibido
Provocador lilás
Caleidoscópio divino
Verde moldura incompleta
Ressalta-nos os olhos
Na enseada varanda
Madeira pontão
Rede branca suspensa
Calções azul sol-russo
Eu
Tu
Nos meus braços
Pele com pele
Ao de leve
Beijo-te a testa sol-colorida
No umbigo desenho-te
Marotas cócegas
Mãos comungantes
No silêncio humano
Esvaio-me
Envolto em recreio
Mata viva
Peixes pulando
Mar ancorado
Sem ontem
Nem amanhã
Relógio ou compasso
Entre estrelas recém-acordadas
Vadiando.
O tempo numa escada rolante
Só por vezes…
Em poema imaginado pincelar
As nossas tardes e Itapoã…

(13 de Fevereiro de 2007)

2 comentários:

Anónimo disse...

itapoã???
desculpa la nao tou a ver o k é!!!
ia dizer k jnçao de palavras tao escaldante mas no final ate termina com o k começou itapoã!
fico me pelo pensar k seja um local quente?exotico?...?

Dartacão disse...

LOL

Itapoã... É um sítio no Brasil e é assim que o imagino... :)

(Confesso que o mote foi a canção da Maria Bethânia)