sexta-feira, março 30, 2007

JORNAL DA TARDE: UM BIG BROTHER

Um estroma (universal?) de mesquinhez... Mesquinhices que nem sempre nos tocam, mas que impregnam o mundo à nossa volta e nos tagenciam constantemente. Mas fora do seio da lingua materna, uma felicidade maior, ainda que ingénua.

Eis que... Esta tarde, consu(o)lado de Portugal, Jornal da Tarde, na RTPi: noticia banal, tão banal que não me lembro qual. Seria também por mal ouvir devido a distância? Quase euforico, contente igualmente por ver e ouvir 'bimbos' e tugas,
corri para a cadeira mais proxima do televisor. As tantas, senti-me entrevistado pela Teresa Guilherme: um big brother (mais, à Paris, c'est chic, ahn?!? oh la la! LOL) de lagrimas com requintes de 'pirosice', saudosas, sentidas em Português, a mãe das minhas linguas! Na outra noite, 'sur France3', um turbilhao semelhante perante as ruas de Alfama, o electrico 28, os claustros dos Jeronimos, a torre de Belem, o Douro e a Foz no Porto e o seu mar com o sal - lagrimas de Portugal, a heranca em Goa, no Brasil etc, etc.


Esta-se bem em todo o lado e não se esta bem em lado nenhum. Ansiedade de puto (? com quase 1/4 de século?) de todo o mundo querer ver e experimentar? Ao olhar para tras, sempre assim foi: impertinência em subir os degraus da vida para ver a paisagem um metro e outro mais acima, de um e de outro ângulo e a 360°, e ansiedade de inventar escadas e torna-las rolantes, quando não as tinha, quando um topo era atingido ou quando a escada sua contemporânea se tornava monotona. Afinal, alguém com medo da monotonia e/ou alguém que simplesmente foge? Onde vais parar, puto? Para ja, voltar, e apos... Saudades do agora, do antes e do amanha. Afinal, vais pousar? Talvez queira verificar se a mesquinhez é universal, mas a viagem ainda so vai no seu primeiro quarto...

Não tens remédio, 'feio', 'porco de merda'... LOL

Nota: a falta de assentos é da inteira responsabilidade do teclado. LOL

5 comentários:

Anónimo disse...

Pediste-me um comentário quanto ao que escreveste. Como sempre escreveste o que sentiste e essa genuinidade só pode ser retribuída com sinceridade. Assim só posso comentar expressando o quanto me identifiquei com o que disseste. O começo com tempos idos tão longe… E no final do quão alto queria chegar em miúdo e do quão alta era, e é, a escada à minha frente.

Começando no começo…
Quando longe, o mero vislumbre de algo conhecido, algo que nos trás para perto de do que só perto do nosso coração se encontra, daquilo que tão geograficamente distante está, traz nos ao peito o que lá dentro está refugiado. Quem não sentiu os seus olhos marejar de lágrimas ao ouvir o postal dos correios quando longe, tão longe, do conforto e carinho da sua casa e dos seus, não é português. Contigo, o teu “postal dos correios” foi a Teresa Guilherme.

Indo para o final…
Saudades não são mais que o barómetro do que de bom deixamos para trás, nas experiências que tivemos, nos lugares que vivemos (vivemos sendo algo activo e não própriamento o acto de habitar) e as pessoas com quem nos partilhamos. Vamos sempre ter saudades… Só não as temos senão vivemos… Espero que pela tua vida tenhas muitas saudades sem te perderes nelas. Elas são um passado que no futuro pode ser convertido em presente, mas enquanto não são é no presente que temos de viver e aproveitar.
Daqui a uns meses ouço-te a falar das saudades que tens de França!

Hugz,
Rui

Dartacão disse...

Ruizao,

Começando pelo começo lol: Que o suposto pedido nao seja confundido com naturalidade! LOL Quanto ah sinceridade, ja sabes a minha opiniao: sinceridade --> confianca --> saude nas relacoes. :) A escada so eh alta ate comecares a subir alguns degraus. ;) Por isso, vamos comecar a mudar ali o tempo de um verbo. ;)

Continuando: Isso do ser ou não português, acho discutivel, pelo menos no teu exemplo, porque é como no amor, ha varias formas de expressao e ser portugues nao rima obrigatoriamente com nacionalismo ou orgulho patriota. :) Quanto à Teresa Guilherme: LOL!!!! O 'meu postal dos correios' foi de tal forma o Jornal da Tarde, ainda que inicialmente mal o ouvisse, que me senti a ser entrevistado pela Teresa Guilherme num saborosamente 'piroso' Big Brother. E, para mim, é essa uma das piadas subtis do texto. :)

Finlizando: E saudades do futuro? Estranho, nao? Chego a senti-lo. 'Daqui a uns meses ouço-te a falar das saudades que tens de França!', outra das subtilezas do texto. Fixe teres olho clinico para percebe-lo. ;)

Hugzzzzz, toto!!! LOL

Anónimo disse...

Realmente tudo o que escreves tem um toque pessoal cujo sentido raramente se limita ao evidente. =)

Uma escrita interessante.

Fica a vonte de recomeçar um blog...


Hugzzz,
Rui

Dartacão disse...

Mas a piada passa muito pelo toque pessoal. Senao, escreviamos todos o mesmo e nada acrescentariamos e novo, de fresco. Tenho textos que enviam mesmo mensagens secretas... LOL E nao de guerra! LOL Digo e que a felicidade nao se disseca... Um bisturi nalgumas das minhas entrelinhas e quase saem novos textos... LOL Mas essas partes vao ficando para conversas mais pessoais, ao vivo ou na impossibilidade disso, no messenger, como onvem nos dias que correm.

Dartacão disse...

de novo*
E digo*
convém*

Eh o que vale verificar depois de 'meter o ok' LOL