domingo, agosto 06, 2006

VIAGEM

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).

Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

Miguel Torga

PS - E o porquê da associação entre a Madre Teresa e o poema?

2 comentários:

Anónimo disse...

Se for o k eu penso, temos o mesmo sonho. O mesmo "algo" que sabemos que os vai deixar plenamente realizados. "Don't give up. Don't ever give up."

Dartacão disse...

O q pensas q é?

Deixá-los plenamente realizados? Quem?