segunda-feira, outubro 27, 2008
sexta-feira, outubro 24, 2008
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro
in O Guardador de Rebanhos
sábado, outubro 04, 2008
(Que amor é o que se conhece, vive e cresce forçado? Amor? Não se procura, encontra-se... Não se mendiga, porque não somos gratuitos. Flui, como um rio do vale até se tornar infinito, no horizonte, em mar ou oceano, ainda que atrás entrecortado pelo relevo, mas nunca rasgado ou esventrado adiante, apesar de mais ou menos ondulado... Mas as ondas dão a espuma e a graça do movimento.)