EUGÉNIA
Vamos, avó!
Voltar a comprar cassetes
Tocar às campainhas e fugir
Correr pelos eucaliptais
Ver as vacas à vacaria
Baloiçar e escorregar no parque
Escorregas e baloiças comigo
Enfiar-me num bidão de água
Comer batatas fritas com ovo estrelado
Estorricar pizzas no forno
Apanhar caganeiras de gelado e uvas
Acordar com pastéis de nata
Falar com desconhecidos
Dizer olá ao sol
Coçar o cão vagabundo
Ficar a conversar perante os barcos do lago
Mas não dizes a ninguém!
Os meus avós podem ficar com ciúmes
A minha mãe talvez ralhe
O meu pai…
Não faz mal, agora não está!
Vamos, avó!
Abraçar o mundo com a bondade
Doce Eugenuidade que me ensinaste
Que cedo te traiu e levou.
Desculpa, se eu soubesse…
Vamos, avó!
Minha génia, minha génese!
Vamos puxar o fio do tempo
E matar saudades
Tenta entretê-lo com uma tigelada…
Enfio os chinelos
Os pés são teus
Cabelo sempre espetado
O pijama azul quase roça o chão
Esfrego o olho sonolento
A fechadura é a minha altura
Quem é?
Sorrio e derreto-me
Estico-me para te beijar
Aconchegas-me nos teus braços
Que me trazes desta vez no bolso?
Sempre me levas às vindimas no Norte?
Até já….
(21 Novembro 2006)
Voltar a comprar cassetes
Tocar às campainhas e fugir
Correr pelos eucaliptais
Ver as vacas à vacaria
Baloiçar e escorregar no parque
Escorregas e baloiças comigo
Enfiar-me num bidão de água
Comer batatas fritas com ovo estrelado
Estorricar pizzas no forno
Apanhar caganeiras de gelado e uvas
Acordar com pastéis de nata
Falar com desconhecidos
Dizer olá ao sol
Coçar o cão vagabundo
Ficar a conversar perante os barcos do lago
Mas não dizes a ninguém!
Os meus avós podem ficar com ciúmes
A minha mãe talvez ralhe
O meu pai…
Não faz mal, agora não está!
Vamos, avó!
Abraçar o mundo com a bondade
Doce Eugenuidade que me ensinaste
Que cedo te traiu e levou.
Desculpa, se eu soubesse…
Vamos, avó!
Minha génia, minha génese!
Vamos puxar o fio do tempo
E matar saudades
Tenta entretê-lo com uma tigelada…
Enfio os chinelos
Os pés são teus
Cabelo sempre espetado
O pijama azul quase roça o chão
Esfrego o olho sonolento
A fechadura é a minha altura
Quem é?
Sorrio e derreto-me
Estico-me para te beijar
Aconchegas-me nos teus braços
Que me trazes desta vez no bolso?
Sempre me levas às vindimas no Norte?
Até já….
(21 Novembro 2006)